Em Dezembro último invocamos a absoluta necessidade de os Gondomarenses, em especial através dos seus representantes municipais, tomarem as necessárias e devidas providencias no sentido da defesa da salubridade e qualidade do Rio Douro que, para isso, se exigia que este se mantivesse cada vez mais limpo, mais salvaguardado de descargas inusitadas de águas residuais sujas e sem tratamento, advindas especialmente da ETAR de Gramido.
Já ao tempo nos fazia imensa espécie, denotar que muita da poluição de que o Rio padecia, resultava da acção, da irresponsabilidade, da Empresa Águas de Gondomar, precisamente a empresa a quem o Município concessionou a promoção ambiental no Concelho, via fornecimento de água e gestão do saneamento. Porque não era plausível nem expectável, que as descargas no rio oriundas da ETAR de Gramido o deixassem sujo, empestado e mal cheiroso. No comunicado em causa sensibilizamos designadamente o Sr. Presidente da Câmara Municipal para a ingência de tomar todas as decisões necessárias à eliminação de tais inadmissíveis descargas, sempre nocivas para a “vida” do Rio mas também perigosas para a saúde da população residente e dos jovens atletas do Clube de Remo Infante D. Henrique, cuja actividade por ali se desenrola.
Ora, passados que foram quase seis meses do citado comunicado de imprensa, a verdade é que temos de concluir que a chamada de atenção do CDS/PP para toda esta problemática caiu em “saco roto”, não se tendo denotado qualquer evolução positiva do assunto, seja pela eliminação daquelas poluentes descargas, seja, até e só, pela sua redução substancial.